Frei Valdir: “o amor nos torna, de fato, pessoas muito especiais”

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Paz e Bem.

Nem mesmo o calor intenso e o sol forte desanimaram os fiéis, devotos de Nossa Senhora da Penha, que subiram ao Campinho do Convento para a tradicional Missa campal das nove horas, deste domingo do Bom Pastor (21), o 4º do tempo da Páscoa. A celebração foi presidida pelo Frei Valdir Nunes Ribeiro, o frade que atualmente reside em Bragança Paulista-SP e trabalhou na Penha no segundo semestre de 2021.

Na homilia, Frei Valdir começou explicando a importância de celebrar o Senhor como Bom Pastor. “Neste domingo bonito do Bom Pastor, neste tempo da páscoa, da ressurreição, a imagem que nos é proposta por Jesus, o Bom Pastor, Ele se identifica com esta metáfora para nos dizer, em primeiro lugar, que somos muito amados por Deus, o Pai e por isso mesmo, bem cuidados por Cristo, Seu Filho, o Bom Pastor. Na semana passada toda, fomos ouvindo o Evangelho de São João que Jesus é o ‘Pão da Vida’, é o pão que nos alimenta, nos nutre, nos ensina a caminhar para a eternidade. Hoje, vem de novo, de outra forma, com uma outra linguagem, para nos dizer que Ele cuida de nós, por nós Ele dá sua vida, porque há um grande amor da parte do Pai para nós. Ele recebeu do Pai, a missão de despertar em cada um de nós, essa consciência de filhos e filhas muito amados”, disse o frade.

“Na segunda leitura, o autor diz: vede que grande presente de amor o Pai nos deu, de sermos chamados ‘fillhos de Deus’ e nós o somos. Ter essa consciência de ser filho de Deus, nós precisamos trabalhar em nós a grandeza do amor de tal maneira que possamos ganhar, despertar, reforçar, a força transformadora do amor, capaz de criar um mundo novo, um mundo de unidade, um mundo de paz. Na imagem do Bom Pastor que cuida das suas ovelhas, temos um modelo bonito: Jesus no seu modo de vir ao nosso encontro, a forma como viveu entre nós, o modo como morreu para nos salvar e a ressurreição que Ele experimenta em si mesmo, mas deixa a cada um de nós como um legado, o modo como somos chamados, primeiramente nos sentirmos bem amados e bem cuidados”, enfatizou Frei Valdir.

O frei também destacou que quando nos sentimos ‘muito amados’ por Deus, superamos a baixa estima, o pessimismo, a autoconfiança que às vezes nos falta, a negatividade que carregamos dentro de nós. Disse ainda que sentir-se muito amado é uma força de cura interior de cada um. “Se o amor de Deus encantar a nossa vida, nós precisamos viver como pessoas encantadas e encantadoras, pessoas que comunicam algo especial. O amor nos torna, de fato, pessoas muito especiais. Quem consegue se conceber nessa grandeza que Jesus nos comunica do amor do Pai por nós, podemos viver como pessoas encantadas e encantadoras. Temos a tentação de delegar essa missão para alguns – o Papa, os bispos, os padres – mas a missão de pastor é para cada um de nós”.

Por fim, Frei Valdir convocou a todos a testemunharem o batismo como um chamado a ser bom pastor. “Cada um de nós no seu batismo é chamado sim, a viver como filho de Deus, mas também a participar na missão do cuidado. Ser ‘bom pastor’ faz parte do patrimônio que recebemos no nosso batismo. O pai tem a missão de cuidar da sua família, a mãe tem a missão de cuidar da sua família, os filhos têm a missão de se ajudarem mutuamente, ajudarem seus pais nessa missão do cuidado. Quando cada um se reveste nessa pele do bom pastor, certamente nossas famílias viverão uma experiência de maior unidade, nossas comunidades estarão mais unidas na colaboração, nosso país superará as divisões e as dificuldades e trabalharemos juntos no cuidado mútuo na construção do mundo que sonhamos e que também é o sonho de Deus”, concluiu.

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