Festa de Santa Clara: “Santidade é um caminho possível a todos”

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Paz e Bem!

Com alegria e coração festivo, a Família Franciscana celebra Santa Clara de Assis, a “grande plantinha de São Francisco”, aquela que fiel seguidora do Santo de Assis, dispôs a tornar-se com ele, humilde imitação do Cristo. Santa Clara, é a esposa predileta de Cristo, bela flor do jardim dos Menores e eterna adoradora do Santíssimo Sacramento. Santa Clara fundou a Ordem Segunda Franciscana, chamada Ordem das Irmãs Clarissas e é também padroeira da televisão e de seus profissionais.

Antecipadamente, o Santuário Franciscano do Perdão e da Graça, Convento da Penha, celebrou na manhã de hoje, na Santa Missa das 11h, a Festa em louvor à Santa Clara. Agradecidamente pelo dom da vida da santa, a celebração foi realizada na Capela, presidida pelo Guardião do Convento, Frei Paulo Roberto Pereira e concelebrada pelos freis Pedro Engel, Paulo César Ferreira e Alessandro Dias. Dezenas de fiéis participaram da Missa, incluindo romeiros de Guarapari, Cariacica, Marechal Floriano e também de outros estados como Minas Gerais e São Paulo.

A belíssima Imagem de Santa Clara, colocada no Altar da Capela, rodeada de enfeites compondo um cenário especial para a santa, foi preparada desde o início do Tríduo (que terminou ontem) por voluntários. Ao longo dos três dias de preparação e no dia de hoje, muitos fiéis que conheciam pouco sobre a história de Clara, se admiraram com a complacente expressão da santa que imediatamente nos dirige ao olhar materno de Deus.

Na homilia, Frei Paulo Roberto explicou que “a presença dos demais freis com o ‘hábito franciscano’ revela a importância da data para todos que amam o mundo de paz e de bem. A experiência franciscana ocorrida há 800 anos, até nos nossos dias é vigorosa e forte. Nós todos amamos o jeito de São Francisco olhar para o mundo e para o Evangelho. Traduzir o Evangelho a partir do desprendimento, da liberdade, da pobreza, do cuidado… Isso é o ideal franciscano, ideal de São Francisco e cultivado por Santa Clara. Ela é para nós, não apenas uma ‘seguidora de São Francisco’, ela é inspiradora do nosso modo de viver. Nessa magnitude que nós hoje hoje celebramos, antecipadamente a sua data, que é amanhã (dia 11), mas uma vez que o domingo, Dia do Senhor, tenha a precedência, antecipamos a festa de Clara de Assis”, começou a explicação.

Segundo Frei Paulo, “a santidade é um caminho oferecido a todos, não apenas aqueles que alcançam as glórias do altar. A santidade necessária é possível a todos! Neste aspecto, celebrar a vida de um santo, não é só tecer loas, louvores aos seus grandes feitos, mas é também, descobrirmos a maneira de viver que nos santifique, desta forma, a santidade é possível! A santidade que está fazendo falta, a santidade necessária, é possível. Muitas vezes fazemos como minha avó dizia: ‘fazer bonito com o chapéu dos outros’, começamos a admirar, elogiar os santos ou as pessoas, mas não fazemos como eles fizeram. A gente louva os santos, mas não se esforça para fazer o que eles fizeram… Ser santo combina com a nossa natureza! Nós todos de Deus saímos e para Ele voltamos, esse itinerário deve ter a marca e o desejo da santidade”, disse o Frade.

Ainda na reflexão, Frei Paulo dividiu o raciocínio em três partes: Santa, porque a santidade é possível, necessária, é preciso ser como ela, ser seguidora de Jesus e dos ensinamentos do Pai. Clara, clareza, limpidez, brilho, claridade, clarão, clarear, essência de retirar a escuridão. Como diz a leitura, é preciso que a gente tenha diante dos nossos olhos a clareza necessária. Nós que cremos em Jesus Cristo, como Clara, somos pessoas do claro. A ressurreição de Jesus é uma manhã radiosa, uma manhã brilhante. Não podemos nos acostumar com as trevas que cobriram o mundo quando Jesus foi morto pela injustiça, pela truculência, pela violência, pela desgraça. Somos seres dominicais, radiosos, deve brilhar em nós a luz do ressuscitado, isso é Santa Clara. E por fim, Assis. Clara é Clara de Assis, é o lugar real. Ali ela nasceu, aprendeu a andar, cresceu, aprendeu a rezar, a falar e sempre a servir. Ali em Assis ela aprendeu a servir. Ela desde muito pequena já de destacava entre seus amigos, desde muito jovem abraçou a vida consagrada e sempre se pôs a servir. Serviu aos leprosos… Clara que amava Jesus Cristo naqueles desvalidos, ali no seu lugar, no lugar real e é justamente ali, no lugar real de nossa existência, no chão da nossa vida que somos chamados a ser santos. A santidade ilumina o lugar onde a gente está, como presença e lugar de Deus. Santa Clara de Assis, rogai por nós!”, concluiu.

Após a reflexão, foi entoada a Ladainha de Santa Clara. Por fim, antes da Bênção Final, Frei Paulo César cantou o Hino de Santa Clara e os freis Alessandro e Pedro Engel falaram um pouco sobre as experiências e devoção à Santa Clara.

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