As pastorais sociais e o exemplo de Maria

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Moacir Beggo

Vila Velha (ES) – Depois da celebração dos religiosos, foi a vez das pastorais sociais homenagearem a Nossa Senhora da Penha no seu dia. Às 10 horas, o Campinho ficou lotado para a Missa das Pastorais Sociais.

Dom Joaquim Wladimir Lopes Dias, bispo auxiliar de Vitória, presidiu a celebração, tendo como concelebrantes o guardião do Convento, Frei Valdecir Schwambach, e sacerdotes que estão envolvidos com o trabalho social.

Comentando o Evangelho, Dom Wladimir observou que Maria partiu apressadamente para visitar a sua prima Isabel, quando soube que ela estava grávida. “Ela poderia ter ficado no seu comodismo, mas se pôs a caminho para ajudá-la. Ela vai como uma missionária completa, exemplar”, disse.

“Nós, que caminhamos na Igreja, em uma ou outra pastoral, também devemos ter essa disponibilidade. Caminharmos ao encontro de nosso irmão, de nossa irmã, que precisa de nossa ajuda. Estarmos ali de uma maneira completa, levando a Palavra de Deus porque ela reconstrói  a pessoa por dentro. É a palavra que vai reconstruir nossa comunidade e a sociedade”, acrescentou.

Segundo o bispo, o reino de Deus começa dentro do nosso coração e se o nosso coração não tem Deus, nós vemos o reflexo disso na sociedade e em como ela está. “Não devemos viver no egoísmo, no fechamento, mas na disponibilidade, na partilha, na doação, porque fomos abertos para o amor, para vivermos no amor. Quanto mais amarmos, mais nos realizaremos também”.

Dom Wladimir lembrou que se Maria foi apressadamente visitar sua prima Isabel, parece que o serviço público não tem pressa nenhuma para levar ajuda à sociedade. “É preciso darmos passos. Alguns já foram dados, mas faltam passos mais concretos. Quando a gente questiona uma autoridade política, ele nos diz: ‘dinheiro tem’. Mas cadê as obras? Dinheiro não é para ficar parado, como reserva. O dinheiro é para ser transformado em atos concretos para a sociedade. Onde está a segurança pública? Onde está o dinheiro público investido na saúde? Não temos atendimento adequado, não temos profissionais adequados. Não temos boa formação. Onde está a formação de nossos jovens? Sem educação, o país não tem futuro, progresso e desenvolvimento”, criticou.

Para o bispo, é preciso investir mais e acordar para esta realidade. “E as pastorais que aqui estão conhecem bem essa realidade”.

No final, pediu para se construir uma cultura de paz: “Através da mensagem do Evangelho, que essa cultura se estenda sobre a terra, sobre todos os homens e mulheres”.

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